“As
crianças são um sinal. Sinal de esperança, sinal de vida, mas
também sinal de diagnóstico para compreender o estado de saúde de
uma família, de uma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças
são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família sadia, a
sociedade melhora, o mundo é mais humano”.
Papa
Francisco
A
EXPLORAÇÃO INFANTIL (VER)
Apesar
da existência do ECA , Estatuto da Criança e do Adolescente, o qual
visa a proteção integral das crianças e adolescentes, sabe-se que
ainda são cometidos diversos crimes contra este grupo da população.
Sofrem abusos de diversos tipos como violência física doméstica,
violência sexual, abandono, bem como são muitas vezes obrigados a
abandonar a escola para ajudarem no sustento da casa.
No
Brasil os índices de trabalho infantil são altos. A Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015,
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta
que 2,7
milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham em
todo o território nacional. Em 2017, o IBGE
divulgou os dados do trabalho infantil no Brasil, com base em nova
metodologia utilizada na PNAD,
que aponta 1,8
milhões de meninos e meninas de 5 a 17 anos trabalhando, em 2016, em
atividades proibidas pela legislação,
ou seja, em situação
de trabalho infantil,
tratando os demais casos mensurados como trabalho permitido.
Além
do trabalho infantil, não podemos deixar de citar outras problemas
indiretamente relacionados com o trabalho forçado como: as reformas
educacionais promovidas no governos Temer, de João Dória nas
escolas estaduais de São Paulo, bem como o sucateamento das escolas
e universidades federais por Jair Bolsonaro, farão com que a
diferença entre os ricos e pobres se amplie ainda mais e que as
crianças sejam privadas de um futuro digno, incentivando ainda mais
o trabalho precoce e forçado.
Não
se pode ter esperança de melhora com esse governo atual, ainda mais
com os cortes orçamentários nas políticas sociais, saúde,
educação e no combate ao trabalho infantil, o que comprometerá o
futuro de milhões de crianças.
DISCURSO
DO PAPA FRANCISCO A UMA DELEGAÇÃO DO DEPARTAMENTO INTERNACIONAL
CATÓLICO PARA A INFÂNCIA (BICE) (JULGAR)
Apraz-me
recordar que numa sociedade bem constituída, os privilégios devem
ser apenas para as crianças e para os idosos, porque o futuro de um
povo está nas suas mãos! As crianças, porque sem dúvida terão a
força para fazer progredir a história, e os idosos, porque têm em
si a sabedoria de um povo e devem transmitir esta sabedoria.
Nos
nossos dias, é importante levar em frente programas contra o
trabalho escravo, contra o recrutamento de crianças-soldado e todos
os tipos de violência contra menores. Em positivo, é necessário
defender o direito que as crianças têm de crescer numa família,
com um pai e com uma mãe, capazes de criar um ambiente propício
para o seu desenvolvimento e amadurecimento.
Trabalhar
pelos direitos humanos pressupõe que mantenhamos sempre viva a
formação antropológica, sejamos bem preparados a respeito da
realidade da pessoa humana e saibamos responder aos problemas e aos
desafios das culturas contemporâneas e da mentalidade propagada
através dos meios de comunicação. Devemos enfrentar com os valores
positivos da pessoa humana os novos desafios que nos apresenta a nova
cultura.
Vem-me
ao pensamento o símbolo que a Comissão para a tutela da infância e
da adolescência tinha em Buenos Aires. O símbolo da Sagrada Família
sobre um burro em fuga para o Egipto para proteger o Menino. Às
vezes para defender é necessário fugir; algumas vezes, para tutelar
é necessário deter-se, e outras vezes é preciso combater. Mas
sempre é preciso ter ternura!
Trecho
extraído de http://m.vatican.va
AÇÕES
PARA SE COMBATER A EXPLORAÇÃO INFANTIL (AGIR)
É
preciso cobrar da igreja e dos leigos o comprometimento para o
desenvolvimento de parcerias com o poder público, como a justiça,
no combate ao trabalho infantil ou outras formas de violência contra
as crianças e adolescentes, como retratam os documentos assinados a
partir de 2016 em Aparecida, a exemplo, frutos da parceria da
Arquidiocese de Campinas com o Tribunal Regional do Trabalho 15°
Região.
Como
exemplo prático, tem se a atuação da Pastoral da criança. Nas
visitas realizadas as famílias, os líderes podem se deparar com
problemas sociais, incluindo o trabalho infantil, atuando nestes
casos em rede com outros grupos ou busca parceria com os serviços
públicos, sendo então uma grande aliada no combate a esta prática.
Neste sentido, a Pastoral Operária quer homenagear ressaltando o
importante trabalho da dona Zilda na Pastoral da Criança (Paróquia
Sagrada Família), realizando um belíssimo trabalho com as crianças
e as mães dos bairros Bosque dos Lenheiros e Frederico, sendo este
último uma das comunidades mais carente da cidade. Apesar de todas
as dificuldades como muitas vezes a falta de material e de alguém
que a auxilie, dona Zilda nunca parou com seu trabalho. Em um momento
que exige união, a PO quer destacar a relevância do trabalho da
Pastoral da Criança, e da necessidade da colaboração, seja com a
participação ativa na Pastoral da Criança como integrante ou com
doação de materiais necessários ao desenvolvimento do trabalho
(leite, roupinhas e alimentos), devendo os interessados procurar a
Paróquia Sagrada Família.
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