A Pastoral Operária em Piracicaba ressurge em virtude do contexto atual de retirada de direitos. Aliando a fé e cidadania, luta com e pelo trabalhador.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

BISPOS MANIFESTAM PREOCUPAÇÃO COM A SOBERANIA DO PAÍS EM VÁRIOS DOCUMENTOS




Imagem: CNBB
A conjuntura de crise vivida pelo Brasil chegou ao ponto de ter como proposta uma trajetória dita apontada para o futuro, mas que retorna uma agenda que se expressa em políticas de privatizações e cortes sociais tem preocupado o episcopado brasileiro.
Na última reunião do Conselho Permanente, entre os dias 19 e 21 de junho, os bispos presentes conversaram sobre a necessidade de defender a soberania dos bens do Brasil. O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, alertou que não se pode perder a soberania sobre os bens que estão ligados à Eletrobras e à Petrobras: água, petróleo, gás e energia elétrica.
Destaque na análise de conjuntura da reunião da última semana, o tema tem sido abordado desde o ano passado. Durante a 52ª Assembleia do Conselho Episcopal Regional Nordeste 2 da CNBB, em setembro de 2017, os bispos de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte posicionaram-se a respeito da privatização da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que é vinculada à Eletrobras, estatal na lista de privatizações pelo Governo Federal. Para os prelados, a ação causará “um grande impacto”, afetando especialmente as populações ribeirinhas, agricultores familiares e ao meio-ambiente. O Conselho Regional convocou toda a sociedade a uma maior reflexão sobre as consequências da privatização da Chesf, “que viria causar danos irreparáveis ao meio ambiente e à sociedade”.
Em outro extremo do país, o regional Sul 3 da CNBB se posicionou por meio de texto assinado por seu presidente, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, e divulgado em dezembro:
“É preocupante o descrédito da política, o avanço da corrupção e a dilapidação do patrimônio nacional. Assiste-se a entrega das riquezas naturais à exploração desenfreada de empresas multinacionais, que olham para nossos bens naturais apenas com o olhar da ganância e da avareza”.
“O patrimônio natural do Brasil é dos brasileiros”, ressaltou dom Jaime. “Sejamos defensores dos ideais da cidadania, da esperança e da soberania da população sobre o uso adequado do patrimônio do país, para que esteja à serviço do bem comum”, convidou o regional.
Neste ano, em um trecho da mensagem aos trabalhadores e trabalhadoras, no dia 1º de maio, a Presidência da CNBB salientou que a solução para a crise que abate o País não pode provocar a perda de direitos dos trabalhadores e sublinhou a questão da soberania: “Nos projetos políticos e reformas, o bem comum, especialmente dos mais pobres, e a soberania nacional devem estar acima dos interesses particulares, políticos ou econômicos”.

*Artigo extraído de www.cnbb.org.br/agenda-neoliberal-aumenta-preocupacao-dos-bispos-com-soberania-do-pais/, em 26/06/2018

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O PENSAR nº 001

Introdução
Este Boletim é uma forma que a Pastoral Operária de Piracicaba está adotando para troca de informações entre as paróquias, seus vigários, trabalhadores e trabalhadoras, com o objetivo de refletir sobre as condições do trabalho e da sua classe.
A Pastoral Operária está retomando seu trabalho, dialogando com a sociedade. Integrada a outros grupos que compartilham dos mesmos ideais de justiça, direitos e por uma sociedade mais solidária, de forma indistinta para todos, nossa pastoral está representada no Comitê para Democracia, em atuação na nossa cidade, e mantêm vínculos com outros seguimentos que comungam com a nossa fé.


As raízes do 1o. de Maio para os trabalhadores
Para entendermos o Primeiro de Maio como data comemorativa do Trabalhador, temos que retroceder ao século XIX (19) e tomarmos como referência a cidade de Chicago no Estados Unidos.
No dia primeiro de maio de 1886, trabalhadores em greve geral reivindicavam melhores condições de trabalho e entre essas reivindicações estava a redução na jornada de trabalho de treze para oito horas. Durante esses acontecimentos uma bomba explodiu e levou à morte um policial. A reação de revide resultou na morte de 38 operários e mais de cem  feridos por ocasião dos confrontos. O Estado então exigiu o fechamento Ele assumirmos o compromisso de lutar e compartilhar com todos o que dos sindicatos. Na sequência foram presos e torturados os líderes grevistas. Sob um julgamento judiciário obscuro, foram condenados e cinco desses trabalhadores foram enforcados. 
No ano de 1891, na “Segunda Internacional dos Trabalhadores”, reunidos em Bruxelas, Bélgica, com representantes de 20 países, foi consagrado o dia primeiro de maio como “Dia Internacional dos Trabalhadores”. No Brasil a data do Primeiro de Maio é comemorada desde 1895.  Esse inicio de comemoração intercala entre dois acontecimentos: a assinatura da Lei Áurea, 13 de maio de 1888 e a Proclamação da República do Brasil em 1898. O reconhecimento do Primeiro de Maio somente teve sua adoção como feriado nacional no ano de 1925 como nome de “Dia do Trabalho”. Em todos os períodos, as comemorações serviram de espaços para reivindicações de melhorias nas condições dos trabalhadores e organizações em torno deles. Embora tenhamos avanços a comemorar, porém houve retrocessos que começaram em 2017 e que trarão consequências maiores se não entendermos como perda de direitos já conquistados. Face o isso, o momento atual é de união entre todos os seguimentos para o fortalecimento da luta e retomada desses direitos. Cada espaço que atuamos, como estudante, trabalhador, nas missas, grupos de trabalhos de evangelização e outros, de acordo com nossa fé e cidadania, deve ser instância para o diálogo sobre nossos direitos. Se cremos em Deus, devemos ter a consciência dos nossos direitos, e por Ele assumirmos o compromisso de lutar e compartilhar com todos o que conquistamos. 

EDUCAÇÃO PÚBLICA EM PERIGO! 
É PRECISO REAGIR ÀS MUDANÇAS APÓS 2016 


As mudanças no Brasil apos 2016 tem imposto prejuízos irreparáveis à sociedade, à classe trabalhadora e também à educação pública e aos seus profissionais. Diante disso é necessária e urgente a união dos trabalhadores e trabalhadoras para investir esforços na retomada do estado democrático de direito do País e reverter as mudanças já consumados pelo atual governo federal e com amplo aval do Congresso Nacional em acordos com o poder econômico. 
A seguir, elencamos algumas dessas medidas, nas quais promovem as os ataques às escolas públicas, seus profissionais e à sociedade:
Emenda Constitucional nº 95: Promove o maior ajuste fiscal da história brasileira, impondo congelamento das despesas sociais por 20 anos e a suspensão das receitas constitucionais vinculadas à educação e à saúde também por 20 anos.
Lei 13.415: Reforma do Ensino Médio: restringe a base do conhecimento e estimula a privatização do ensino médio, promove o apartheid socioeducativa com escolas diferenciadas para ricos e pobres.
Lei 13.467: Reforma Trabalhista: o mais grave e perverso ataque do capital contra os trabalhadores e trabalhadoras na história republicana do Brasil,
afetará muito os profissionais da educação das redes públicas, estimulando a terceirização, o trabalho intermitente e o fim do vínculo empregatício e suas garantias legais. 
Enfim, estes são somente alguns dos tantos outros ataques promovidos pelo atual governo à sociedade, portanto precisamos da união de todos que se sintam atingidos para um trabalho de mudanças e retomadas.






Pastoral Operária
Matriz Sagrada Família ­ Bairro Mário Dedini ­ Rua Jacinto R. Penedo, 160
Vigário: Pe. Marcos Roberto Nogueira dos Santos
E­Mail: pastoraloperaria@gmail.com ­ Facebook: Pastoral Operaria Piracicaba

O PENSAR Nº15

ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO? (VER) Gostaríamos aqui de falar sobre as glórias alcançadas em 2019, mas infelizmente isso não ...