ADEUS ANO VELHO,
FELIZ ANO NOVO? (VER)
Gostaríamos
aqui de falar sobre as glórias alcançadas em 2019, mas infelizmente
isso não é possível. Ao contrário, foi um ano recheado de
derrotas para a classe trabalhadora. Desde a perda da aposentadoria,
corte de verbas, até genocídios indígenas, camponeses,
trabalhadores e jovens das periferias. Um ano dos falsos profetas e
daqueles que se dizem cristãos, mas que apoiam torturadores.
Como
será 2020? Não podemos nos iludir. Dizer que será um ano melhor e
que basta ter fé, não passa de ilusão. A cada dia trabalhadores
perdem vários direitos que foram conquistas históricas. Como se não
bastasse o trabalho informal crescente, O que será dos trabalhadores
contratados com a carteira verde e amarela que exclui diversos
direitos trabalhistas?
O
início de 2020 começou com ameaça de guerra por parte do
imperialismo praticado pelos EUA (cujo objetivo é o petróleo,
domínio comercial e influência territorial) contra o Irã. Este
mesmo imperialismo gera miséria, conflitos e desemprego
mundialmente, inclusive no Brasil, mais recentemente com o golpe de
2016 influência nas eleições de 2018, gerando todo este caos
presente. Novamente, assim como fez no Iraque, acusa o Irã de
terrorismo quando na verdade quer destruí-la para que finalmente
possa exercer grande influência no Oriente médio mesmo que para
isso mate milhares de pessoas inocentes. É nosso dever repudiar e
denunciar este crime.
Como
estamos no mês de janeiro, também gostaríamos de mencionar sobre o
Janeiro branco. Janeiro branco é uma campanha que coloca a questão
da saúde mental em destaque. Nunca se teve tantos problemas mentais
como atualmente, principalmente depressão, ansiedade, síndrome do
pânico, entre outros e, em casos extremos, podendo chegar ao
suicídio. Como deve ser a saúde do trabalhador que vive sob
pressão, humilhado e assediado pelo chefe? Como deve ser a saúde de
uma ou um chefe de família que perdeu seu emprego e precisa
sustentar a casa? De uma trabalhadora que cumpre várias jornadas
dentro e fora de casa? De um Uber que precisa trabalhar 12 horas por
dia para ter um salário suficiente?
A
sociedade está cheia de problemas, está doente. O capitalismo nos
impõe graves problemas e, desta forma, esses problemas não são
individuais e não podem e não devem ser resolvidos individualmente.
A PAZ, CAMINHO DE
ESPERANÇA FACE AOS OBSTÁCULOS E PROVAÇÕES (JULGAR)
A
paz é um bem precioso, objeto da nossa esperança; por ela aspira
toda a humanidade. Depositar esperança na paz é um comportamento
humano que abriga grande tensão existencial, que o momento
presente, às vezes até custoso, «pode ser vivido e aceite, se
levar a uma meta e se pudermos estar seguros dessa meta, se esta meta
for tão grande que justifique a canseira do caminho». Assim, a
esperança é a virtude que nos coloca a caminho, dá asas para
continuar, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis.
A
nossa comunidade humana traz, na memória e na carne, os sinais das
guerras e conflitos que têm vindo a suceder-se, com crescente
capacidade destruidora, afetando especialmente os mais pobres e
frágeis. Há nações inteiras que não conseguem libertar-se das
cadeias de exploração e corrupção que alimentam ódios e
violências. A muitos homens e mulheres, crianças e idosos, ainda
hoje se nega a dignidade, a integridade física, a liberdade –
incluindo a liberdade religiosa – a solidariedade comunitária, a
esperança no futuro. Inúmeras vítimas inocentes carregam sobre si
o tormento da humilhação e da exclusão, do luto e da injustiça,
se não mesmo os traumas resultantes da opressão sistemática contra
o seu povo e os seus entes queridos.
Como
quebrar a dinâmica de desconfiança atualmente prevalecente? Devemos
procurar uma fraternidade real, baseada na origem comum de Deus e
vivida no diálogo e na confiança mútua. O desejo de paz está
profundamente inscrito no coração do homem e não devemos
resignar-nos com nada menos.
Mensagem
do Papa Francisco para o dia mundial da paz 2020
A
ÚNICA SAÍDA É LUTAR (AGIR)
Está
mais que provado que as políticas do Jair, que nada tem de Messias,
é totalmente contra os interesses dos trabalhadores. E os ataques
contra categoria não irão parar. Aliás, somente irão parar quando
for derrotado e implementado um governo verdadeiramente popular.
Somente
será possível que isso aconteça com a conscientização e
organização dos trabalhadores, articulação de greves gerais de
grandes manifestações nas ruas.
Infelizmente
os sindicatos, partidos e movimentos sociais assistem a todos esses
massacres de braços cruzados apenas se lamentando, ao invés de
chamarem os trabalhadores à luta, colocando a solução unicamente
nas eleições que facilmente são manipuláveis.
Sendo
assim, cabe aos trabalhadores, que se indignam com essa situação,
participar dos sindicatos e de movimentos e cobrarem de suas
lideranças posicionamento correto.
Que
em 2020 tenhamos força e coragem para lutarmos em defesa dos nossos
direitos protegendo as próximas gerações, para a construção de
um mundo justo. Por isso convidamos a todos para que participem da
Pastoral Operária, pois, individualmente perderemos e somente unidos
sairemos vitoriosos!